Leo Ramon literatura

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Certo, certo Tudo começou no bom e velho entra e sai, entra e sai Recinto obscuro Nenhuma preocupação com o futuro Suíte por 3h - prazer por alguns minutos E poucas referências ao Kama Sutra Todos os sentidos aguçados - tato, paladar, olfato Até mesmo o instinto feminino Com gemidos atrás da porta do quarto E bem sabes que neste momento Milhões de pensamentos à cabeça Os boletos, a carne no congelador, a grana pro agiota Qualquer pensamento distante que não o faça gozar agora De certo chegou a hora Explosão de hormônios Testosterona, feromônios, vasos sanguíneos dilatados Seios perfumados Suor no lençol amarrotado em fração de segundos Inicia-se então a corrida da vida... Apenas um vencedor... Seu caminho é a linha de chegada Abandone seus irmãos na estrada E percorre-se o caminho conturbado e sozinho - n o berço da humanidade Mas o que será depois? O que surgir...

USINA NUCLEAR

Escrevo porque meu peito incendeia e o coração urra... jorra emoção! A mente, então Sabiamente ou inconscientemente É uma usina nuclear de ideias inúteis Mas por vezes Vulcão em erupção! Foguete ardente apontado para o céu movido a testosterona e serotonina Uísque em forma de gasolina Essa é minha sina Meu destino... Transformar as dores em frases versos em bobagens E essa inutilidade me mantém vivo Sou viajante do tempo Artista ordinário Pois trago nos olhos As marcas do poeta solitário Leo Sales 23/12/22

ROSÁRIO

E fiz do deserto minha moradia D a sede meu guia E fiz do teu colo minha morada nesse mar agitado, denso e constante Pobre de mim, navegador principiante De certo, não cravarei meu nome em sua jornada Ouça-me neste grito - a queimadura e o delírio Que minha honra agora é inexistente Pois carrego em mim a cruz... O coração letárgico... E um rosário... És objeto de admiração e desejo Dentre inúmeras rosas - és a única que vejo Sem deixar de lado A arte de amar Procura-se o amor - em forma de afago Busca-se um teto - para o espírito vago Encontra-se um lugar - para o coração descansar 22/11/22

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